Poema: DONATO, O ESPERMATOZOIDE INSENSATO
DONATO, O ESPERMATOZOIDE INSENSATO
Ele
era muito esperto
escutava
antes de nada
o
que o mestre repetia
bem
na hora de largada.
Só
um vencerá a corrida!
Só
um ganhará a charada!
Se
ganhar de todo mundo
a
vitória é consagrada!
Ele
ergueu a sua cabeça
fixou
a calda no chão
e
ao escutar o disparo
arrancou
como uma flecha.
No
útero, quando chegou,
viu
que tudo era moleza,
não
esquentava a cabeça
era
deitar e esperar.
Cinco
meses se passaram,
não
parava de crescer,
e
toda essa sua moleza
começou
a desvanecer.
E
no nono mês foi expulso
ouvindo
a parteira dizer:
Oh!
Donato!, insensato!
agora
é que tu vai ver!
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